Mirante-O Podcast do OP-Episódio 31/2024

Olá colegas,

Publicamos hoje o nosso 7º Episódio da 4ª Temporada do nosso Podcast “Mirante”.

Lembramos que nessa Temporada estamos pensando sobre o Sexual na Polis. Desta vez escolhemos o tema “A cidade como palco da dança da libido com a destrutividade.”

E para nos ajudar a pensar sobre o assunto convidamos a arquiteta e urbanista, professora da USP, Regina Meyer para conversar nossa querida amiga psicanalista Magda Koury, da SBPSP.

Para quem nos escuta no Mirante deve recordar que já abordamos num episódio o tema da “Utopia, Democracia e o Direito à Cidade”. Os últimos acontecimentos (nacional e internacional) nos convocaram a retomar nosso olhar sobre este espaço que habitamos, no ponto de vista pulsional.

Afinal, o que é uma cidade? 

Mais do que um conjunto de vias, ruas, prédios, casas, comércios, veículos, moradores e transeuntes, uma cidade é também tecida na trama do que não se vê, no que se esconde do óbvio, no surpreendente, nas memórias afetivas de uma rua da infância onde se brincou um dia, no olhar de quem sente as metamorfoses urbanas alterarem pertencimentos e relações de vizinhança. Uma cidade, assim, é uma teia em movimento e um campo de batalha. 

As transformações das cidades tem sido sentidas como que ocorrendo de uma forma demasiadamente rápida e radical. Há sempre um sentimento de ambivalente onde se articulam admiração e perda, o que lança desafios à pergunta de Roland Barthes: Como viver juntos? Ou melhor, como continuar a viver juntos?

Tal como no psiquismo humano, onde uma ferida lateja e nos retira do lugar de imaginarmos ter o domínio em nossa própria casa, uma cidade também é composta por uma miríade de lugares desconhecidos. Charles Baudelaire captou o espírito da cidade moderna ao falar sobre a errância, o caminhar despretensioso, similar a uma atenção flutuante do método psicanalítico, quando escutamos uma história ou andamos por uma cidade sem ansiar encontrar algo específico, até que um susto possa nos mostrar uma relevância e abrir um caminho novo.

Todavia, são vários os desafios à soltura da errância. Na cidade é possível acompanhar usos e abusos: espaços públicos são privatizados, espaços comuns são apropriados, espaços criados para uma função acabam sendo utilizados para outras funções, a intimidade é exposta como mercadoria de consumo: segregações sociais violentas em deslocamentos urbanos, a febre dos porsches em colisão com pessoas em situação de rua, condomínio e hotéis de luxo ao lado de favelas. A cidade é cada vez mais um lugar de interditos. 

O que é possível fazer para propiciar a construção de laços sociais em uma cidade contemporânea?

Bem, para nos escutar lembramos que estamos nos principais tocadores de podcast. 

Seguem os links de pelo menos dois:

Sptofify

 
Apple 
Esperamos que gostem. E, se gostarem, divulguem entre os amigos. Também não deixem de nos contar aqui, no nosso grupo de e-mails, o que achou. 
 
Abraços da equipe de Curadoria do OP

Beth Mori (SPBsb),  Ana Valeska Maia (SPFOR), Gabriela Seben (SBPdePA), Giuliana Chiapin  (SBPdePA), Gizela Turkiewicz (SBPSP), Helena Cunha Di Ciero (SBPSP), Lina Schlachter (SPFOR) e Vanessa Corrêa (SBPSP)

Categoria: Mirante
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