3º episódio da 2ª temporada do Mirante, o Podcast do Observatório Psicanalítico FEBRAPSI: Branquitude em questão
Desde o século XIX, autores internacionais, como o norte-americano William Dubois, abordam um jeito particular do homem branco que hoje denominamos branquitude.
Passamos por Frantz Fanon, Alberto Guerreiros Ramos, entre tantos outros, até chegarmos às compreensões mais recentes, como Ruth Frankenberg.
Na década de 90, nos EUA, surgem os primeiros estudos sobre a branquitude, enquanto no Brasil, no início dos anos 2000, nos aproximamos do pensamento da psicóloga brasileira Maria Aparecida Bento.
Cida Bento postula que há, entre os brancos, um pacto narcísico, no qual desfrutam de privilégios materiais e simbólicos em relação às populações não brancas. Pacto esse que se estrutura na negação e na desresponsabilização pelo racismo afim de garantir e manter tais privilégios, acentuando as desigualdades.
O racismo é a engrenagem fundamental deste sistema que eleva o branco ao lugar máximo da hierarquia social.
O tema branquitude tem sido cada vez mais estudado. Entretanto, muitos de nós ainda desconhecem ou rejeitam esse assunto.
Na mesma medida em que cavamos aberturas para tratar deste conteúdo, nas instituições psicanalíticas, deparamo-nos com resistências à altura..
Duas estudiosas no tema estiveram conosco para conversar conosco:
Deborah Medeiros, psicóloga e consultora de diversidade e inclusão para audiovisual. Dedica-se à análise crítica, em especial sobre raça e gênero.
Eliane Nogueira, psicanalista da SBPdePA, e atualmente coordenadora da Comissão Ubuntu.
Esperamos que o debate ajudem vocês a ampliarem o conhecimento sobre o tema.
Segue o link no Spotify:
Abraços equipe de Curadoria e Wania Cidade