Mirante-O Podcast do OP 26/2023

Olá querides 

 
Lançamos mais um episódio da Temporada: o sexual na Polis. Como tema do episódio escolhemos: “O leite, a comida e a sexualidade”. 
 
Estamos acostumados a pensar que o bebê humano, diferentemente dos filhotes de outras espécies, é completamente dependente do outro. 
 
 Freud, já em 1885, no “Projeto para uma psicologia científica”, entendia que quando as necessidades corporais exigem satisfação, o bebê com fome grita e esperneia. No entanto, esses movimentos não o saciam. É a ação de cuidado do outro que o assiste, e portanto, que permitirá que a experiência de satisfação aconteça, pondo fim às estimulações internas que provém das necessidades. O seio da mãe é oferecido não apenas com o intuito de nutrição, mas de apaziguamento das tensões, minimizando as sensações de desconforto que o ego incipiente do bebê não pode ainda sustentar. Neste sentido, para a psicanálise, a relação com o seio é ampla e complexa. 
 
 Nos “Três Ensaios sobre a teoria da sexualidade” (1905), Freud assinala que a pessoa que se ocupa dos primeiros cuidados do bebê – “que geralmente é a mãe – dedica-lhe sentimentos que se originam de sua própria vida sexual: acaricia, beija e embala a criança, claramente a toma como substituto de um objeto sexual completo”. É a partir dessa experiência com o corpo do outro, que a pulsão sexual é despertada no bebê, deixando marcas e criando possibilidades desejantes. 
 
Dessas marcas, principalmente a partir da retirada do seio e de alguma separação em relação à mãe, observaremos os mais diferentes destinos pulsionais que se expressam na vida humana.
 
Para essa conversa convidamos a nossa colega Luciana Saddi e a artista visual Cecília Cavalieri. 
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Forte abraço, Equipe de Curadoria 
 
Esperamos que gostem. Aguardamos a opinião de vocês e também sugestões para explorarmos o tema da temporada.
Categoria: Mirante
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