
Ensaios sobre acontecimentos sociopolíticos, culturais e institucionais do Brasil e do Mundo
Sódepois 63
Julho/2025
O mito bíblico sobre a Torre de Babel (Gênesis, 11) conta a história de um tempo em que todos os povos falavam uma só língua. Com a ideia de construir uma torre que alcançaria os céus, os homens empenharam-se arduamente em sua construção. Entretanto, para surpresa de todos, Deus decidiu intervir abruptamente, criando diferentes idiomas, instalando-se assim uma grande confusão de línguas entre os construtores, agora incapazes de compreender-se entre si e de traduzir a linguagem do outro. Devido a essas dificuldades, a população dispersou-se; a construção da torre foi interrompida e os humanos espalharam-se pelo planeta, cada povo (de mesma língua) fixando-se em um uma região diferente. Assim teriam surgido as novas culturas, segundo o mito.
Quando o psicanalista húngaro Sandor Ferenczi escreveu sobre a confusão de línguas, em 1933, referia-se à observação de que na relação entre adulto e criança havia uma confusão, uma dificuldade de compreensão de ambas as partes envolvidas na comunicação. Dizia que, ainda que a língua falada fosse a mesma, a forma de dialogar não seria simétrica, dificultando a possibilidade de entendimento. Haveria, portanto, um desencontro, que colocaria adultos e crianças como estrangeiros entre si.
Testemunhamos no OP, neste mês de julho, uma verdadeira confusão de línguas, onde apareceram paixões, opiniões divergentes, dores e inconformidades, até disputas sobre quem detém a razão e a verdade última. Em decorrência dessas acaloradas manifestações de nossos psicanalistas, notas públicas foram lançadas, por nossas instituições psicanalíticas.
A nota da Febrapsi, intitulada “Cessar-fogo”, denuncia a escalada global de conflitos armados, o impacto devastador sobre civis e a propagação do ódio, especialmente pelas redes sociais. reafirma o papel da ONU e apela por cessar-fogo imediato, ajuda humanitária, libertação de reféns e punição dos criminosos de guerra. Como psicanalistas da instituição, apoiamos e nos solidarizamos com todas as vítimas e defendemos os direitos humanos, conclamando à ação ética dos governos para o estabelecimento da paz.
Já a nota da Associação Brasileira de Psicanalistas em Formação (ABC), intitulada “pode o analista em formação falar?”, defende o direito à palavra dos analistas em formação, criticando tentativas de silenciamento por parte de psicanalistas em espaços democráticos como o observatório psicanalítico. Reafirma que a escuta analítica deve ser ética, crítica e aberta à alteridade, sem hierarquias. convida os analistas em formação a ocuparem ativamente os espaços de debate e o compromisso com uma psicanálise viva, inclusiva e plural.
Nós, da equipe de curadoria, acompanhamos todas as manifestações, e decidimos dedicar este editorial para, também, nos posicionarmos. As muitas questões que se apresentaram como comentários no grupo de e-mails do OP foram para nós um verdadeiro desafio. Por vezes, questionamos se precisávamos intervir nos debates gerados lançando alguma nota, esclarecendo o funcionamento do OP, seus critérios de publicação, o papel da curadoria, ou se deveríamos dizer algo de imediato. decidimos, portanto, aguardar o momento de escrita deste editorial.
O nosso grupo de e-mails é autogerenciável, e confiamos no movimento do grupo e na possibilidade de diálogo. Tons acusatórios surgiram, assim como manifestações de mágoas e disputas. Qualquer semelhança com o setting analítico não é mera coincidência. Em transferência, brigamos com nossos analistas, projetamos neles as nossas imagos infantis, os acusamos de incompreensão, tomamos uma palavra como algo que nos rasga por dentro. E as palavras ferem mesmo, muito, se ditas fora de contexto ou de uma forma enviesada. É a tal da confusão de línguas a todo vapor na sala de análise! Todos nós, analistas ou analisantes que somos ou já fomos, sabemos disso.
No OP espera-se que haja divergências. Neste sentido acompanhamos a intervenção de nossos colegas, mesmo com opiniões tão diferentes e com fortes discordâncias entre si. Percebemos que, apesar disso, havia concomitantemente uma forte intenção de fazer-se entender em meio à confusão das línguas que se misturavam na Torre de Babel/Observatório, e a maioria procurou preservar este lugar livre e horizontal de encontros e produção de pensamento e de uma psicanálise viva, ampla e criativa.
Nossa tarefa curatorial é a de propiciar um espaço que garanta a voz a quem quiser falar, mantendo a abertura e a vitalidade desse espaço, nossa ágora. Nossa ética curatorial, portanto, também é a da defesa incondicional da democracia. sabemos que o autoritarismo sempre está sujeito a aparecer quando a confusão de línguas se instala, e os discursos de ódio emergem quando a língua do outro difere da língua que se espera escutar.
De fato, o OP, em seus mais de oito anos de existência, é um espaço democrático e aberto às diferentes formas de pensar. E assim nos manteremos. Mais do que nunca reiteramos a importância do grupo de curadoria, neste momento composto por sete mulheres oriundas de diferentes estados brasileiros, integrantes de distintas sociedades psicanalíticas filiadas à IPA, cada qual em um momento diferente neste infindável percurso institucional. Como de costume, lemos cuidadosamente cada ensaio, oferecemos sugestões aos autores, que podem ou não as aceitar. Depois de publicá-los no grupo de e-mails, Instagram e Facebook, acompanhamos cada reação, manifestação, resposta e reflexão a qual o texto convida.
Nos responsabilizamos também pela realização do podcast mirante, lançado em março de 2022, que neste ano conquistou o segundo lugar na premiação “IPA na Comunidade e World Awards 2025”, na categoria Cultura.
O prêmio nos foi entregue durante o 35º. congresso da IPA, em Lisboa. Nós que trabalhamos na sua criação e nos responsabilizamos pela sua execução até o início da inscrição do projeto ao prêmio, janeiro de 2025 – Beth Mori e Daniela Boianovsky (SPBSB), Ana Valeska Maia e Lina Schlachter Castro (SPFOR), Gabriela Seben, Giuliana Chiapin e Rafaela Degani (SBPDEPA), Gizela Turkiewicz, Helena Cunha Di Ciero, Ludmila Frateschi, Renata Zambonelli e Vanessa Corrêa (SBPSP) e Wania Cidade (SBPRJ) – ficamos honradas e satisfeitas com o reconhecimento de nosso trabalho de equipe e pela reverberação de nossos esforços em produzir e oferecer material de qualidade para a comunidade. Nossa intenção é a de seguir abrindo espaço para os diferentes pensamentos e para a multiplicidade de linguagens.
Se recuperamos, portanto, o mito bíblico de Babel e a confusão de línguas proposta por Ferenczi, poderíamos pensá-los como acontecimentos inevitáveis, na medida em que há esta multiplicidade de idiomas, linguagens, pensamentos, opiniões e traduções que cada um faz desde o lugar que ocupa no mundo, com todas as experiências singulares que norteiam o modo como enxergamos e sentimos os fenômenos que ocorrem à nossa volta. No entanto, é possível superar a barreira da linguagem para verdadeiramente escutar e dialogar com as diferenças? Acreditamos que ao fazê-lo, todos ganham.
Desta experiência, entendemos ser necessário enfatizar a cada ensaio publicado a seguinte nota da editoria: o observatório psicanalítico é um espaço institucional da Federação Brasileira de Psicanálise dedicado à escuta da pluralidade e à livre expressão do pensamento de psicanalistas. ao submeter textos, os autores declaram a originalidade de sua produção, o respeito à legislação vigente e o compromisso com a ética e a civilidade no debate público e científico. Assim, os ensaios são de responsabilidade exclusiva de seus autores, o que não implica endosso ou concordância por parte do OP e da Febrapsi.
Sobre a temática da guerra que infelizmente ainda assola o Oriente Médio, impossibilitando a conquista da paz na região, publicamos em julho o texto do psicanalista Valton de Miranda Leitão (SPFor) o OP 592/2025, “Poder soberano e vida nua”, que examina os acontecimentos (na Palestina) “a partir de um sistema conceitual abrangente que inclui a biopolítica, na qual o indivíduo da vida nua é matável e os assassinos inimputáveis”. Resgata o texto freudiano “Por que a guerra?” para pensar na disposição do humano para a violência e a destruição. Questiona quais são os “fatores sociopolíticos que põem em ação o mecanismo que aciona este processo tem tanta importância quanto a pulsão de destruição”.
Também analisando os fatos sobre a guerra, o ensaio do colega Avelino Neto (SPBsb), OP 593/2025, “A negação do outro: a desumanização palestina como política de Estado” aponta para a desumanização presente nesses conflitos, onde até mesmo a ajuda humanitária é inviabilizada. Afirma que “re-humanizar o povo palestino é tarefa urgente e inegociável. Significa dizer os nomes, contar as histórias, mostrar os rostos. Significa romper o silêncio e nomear o crime”.
O ensaio “O perigo das analogias: Gaza, Auschwitz e o Desafio da Compressão Histórica”, DE Jacques Stifelman (SBPSP), OP 595/2025, é uma resposta ao texto do Valton. Nele, Jacques traz questionamentos sobre o ponto de vista do colega sobre os acontecimentos em Gaza. Afirma que “a discussão sobre a tragédia humana em Gaza é imperativa, mas não pode ser conduzida ao custo da negação ou banalização de crimes contra a humanidade de proporções únicas. A verdadeira compaixão e o engajamento intelectual exigem precisão, não analogias que, ao invés de buscar a verdade, obscurecem-na e alimentam a desinformação.”
Em “A dor não tem fronteiras – Em homenagem a Adolfo Stifel”, OP 596/2025, as colegas Ana Rosa C. Trachtenberg (SBPdePA) e Katia Wagner Radke (SPPA) trazem reflexões sobre a dor que se espalhou mundo afora desde o ataque perpetrado pelo Hamas a Israel em outubro de 2023. As autoras chamam atenção para a banalização do ocorrido E afirmam que desmentir os fatos traz o risco de distorções perigosas que podem culminar no crescimento do antissemitismo, cada vez mais evidente no mundo.
Em julho publicamos também o ensaio da psicanalista Rafaela Guatimosim (SPRJ), OP 594/2025, “Juliana, a queda e o luto”, sobre o acidente fatal da turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após cair de um penhasco durante a subida ao Monte Rinjani, o segundo maior vulcão da Indonésia. O caso ganhou notoriedade, sobretudo pela demora das autoridades locais no resgate da turista. Em seu texto, a autora traz reflexões sobre os sentimentos despertados a partir deste acontecimento com relação ao luto, à finitude e às fantasias de onipotência. Observa que “atualmente, em contexto de produção contínua, o luto é improdutivo, lento e parece inútil. Há pouco espaço para perder – o que não torna a perda menos real. Mas é o processo do luto que, em última instância, possibilita a reorganização psíquica após a perda, evitando soluções defensivas que apenas encobrem a dor”.
O ensaio intitulado “Bruxas”, OP 597/2025, da psicanalista Any Trajber Waisbich (SBPSP) aborda sobre o documentário disponível na plataforma Mubi, obra que destaca a complexidade das relações fraternas entre sujeitos da mesma geração. Em “Bruxas” aparece, segundo a autora, a ambivalência de sentimentos “passando do amor ao ódio, dos ciúmes à inveja e da competição à solidariedade”. Para ela, a fraternidade é um tema presente na cultura, e apesar de ser levado em conta pela psicanálise, aparece em segundo plano, sendo pouco estudado teoricamente. Destaca a importância deste laço e as soluções complexas para lidar com a ambivalência que marca estes vínculos.
Movida pela pulsão de vida, antídoto para a destrutividade, Giuliana Chiapin (SBPdePA) escreveu o ensaio “Salva Dor”, OP 598/2025, no qual narra a sua experiência durante o carnaval deste ano no circuito Barra-Ondina, em Salvador, na Bahia, terra de Gil, Caetano, Gal, Bethânia, Olodum e outros tantos talentos da música brasileira. A autora enfatiza a potência do coletivo e a capacidade humana de ligação e de celebração da vida, oposta à destrutividade das guerras. Traz reflexões sobre o desafio de “ser um grão de areia em meio à multidão” e de colocar-se em um lugar de não saber: “talvez uma de nossas maiores angústias é que de fato nunca saberemos da dor do outro…E se acreditamos no inconsciente precisamos admitir que não sabemos bem nem de nós mesmos. Investimos fortemente em tentar saber, sentir e (re)construir quem somos. Como podemos e não achar que somos, sabemos ou sofremos mais ou menos que o outro? Dor precisa de cuidado!”.
Também sobre capacidade de resiliência e de recomposição, publicamos o ensaio da psicanalista Vanessa Travassos (SPRJ), “Reconstruindo histórias: a reabertura do Museu Nacional”, OP 599/2025, que versa sobre a reabertura do Museu Nacional após o incêndio de 2018 que destruiu cerca de 80% de seu acervo. A autora, utilizando-se de conceitos psicanalíticos, busca respostas para as perguntas: “Como podemos, a partir das cinzas, reescrever nossa história? Como transformar o luto em ato de criação? Pode haver um convite à elaboração e à sublimação onde o luto se instaura?”. Vanessa conclui que “a reabertura do museu não é apenas um marco arquitetônico, mas um processo de rememoração que permitiu que o povo brasileiro integrasse a perda e transformasse a culpa (por negligências históricas na preservação) em um projeto de renovação científica, artística e educacional”.
Sempre atentas aos acontecimentos, não poderíamos deixar de mencionar os mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro e na sede do PL, em Brasília, no último dia 18. Bolsonaro foi submetido a ações cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, e não poderá sair de casa das 19h às 7h. Também está vetado o uso das redes sociais e o contato com embaixadores. A decisão, tomada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF), faz parte de uma investigação sigilosa sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, e ocorre dias após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar o Brasil com a aplicação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros que entrarem nos Estados Unidos. O presidente Lula, em discurso, reiterou a soberania do Brasil e indicou que estaria aberto ao diálogo se houver uma sinalização positiva por parte do governo Trump.
E, para finalizar este longo mês, em julho chegamos ao ensaio de número 600 no OP, um marco em nossa história! Para celebrar o expressivo número de textos escritos por diversos psicanalistas do Brasil e agora também com a valiosa contribuição dos colegas latino-americanos, convidamos nossa colega Wania Cidade (SBPRJ) para ocupar esse momento no op. EM “Reflexões sobre práticas cotidianas”, OP 600/2025, ela nos apresenta sua fala em Webinar organizado pelo Grupo de Estudos de Psicanalistas na Comunidade e Cultura da FEPAL. Wania, dentre tantos aspectos abordados, questiona o racismo presente em nossa clínica e em nossas instituições psicanalíticas, e faz uma cuidadosa diferenciação entre preconceito, discriminação e racismo, como “fenômenos que se sobrepõem e que estão na raiz de atos violentos, muitas vezes presentes em nossa clínica”. Coloca como imprescindível que os psicanalistas estejam atentos a esses movimentos “se desejarem compreender as marcas traumáticas que situações socioculturais imprimem nos sujeitos”. E observa, como mulher negra, do quanto nós psicanalistas, em sua maioria brancos e de classe média, desconhecemos ou nos desinteressamos pelo tema do racismo, o que certamente gera impacto na escuta. Cita a professora Heloísa Teixeira, mulher feminista falecida neste ano, que dizia que “a questão da escuta, de prestar atenção, de ouvir o que eles estão dizendo e não concordar, e concordar, este espaço aberto para escutar e para falar e escutar a aprender, faz milagres” (fala disponível no podcast “Escute os mais velhos”). Wania faz uma provocação aos analistas: “E este não é o nosso compromisso, o de escutar sem julgar, o de escutar para além, o de escutar para ter acesso aos não ditos?”
Acreditamos que esta fala endossa a posição da curadoria e o papel do OP – não o de operar milagres, mas o de sustentar este espaço onde os psicanalistas podem se expressar sobre os acontecimentos que lhes tocam, o de escutar para além e o de produzir aberturas a partir disso! Assim, seguiremos!
Encerramos este editorial prestando homenagem à cantora Preta Gil, falecida aos 50 anos em decorrência de complicações de um câncer de intestino no último dia 20. Filha do cantor Gilberto Gil e da empresária Sandra Gadelha, Preta estava nos Estados Unidos realizando um tratamento experimental para câncer, contra o qual lutava desde 2023. A cantora teve seu velório realizado no Rio de Janeiro, na Igreja da Candelária, reunindo milhares de fãs, amigos e familiares que lhe prestaram suas últimas homenagens. Preta deixa o filho Francisco Gil, também músico, e a neta Sol de Maria. Mulher preta, gorda, candomblecista e bissexual, Preta não temia julgamentos. Levantou bandeiras com orgulho, e encorajou muitas pessoas a assumirem o que são. Que seu legado siga nos inspirando.
Em sua memória, relembramos a última canção produzida pela artista. A faixa “Tudo vai passar” traz uma mensagem de esperança e de superação, escrita quando a cantora estava em tratamento. Esperamos que essa mensagem se estenda a todos aqueles que sofrem e que lutam, assim como Preta, que gostava tanto da vida que resistiu bravamente até o fim. Sugerimos que escutem.
Um forte abraço,
Beth Mori (SPBsb), Ana Carolina Alcici (SPRJ), Ana Valeska Maia (SPFOR), Cris Takata (SBPSP), Gabriela Seben (SBPdePA), Giuliana Chiapin (SBPdePA) e Lina Schlachter (SPFOR).
Palavras-chave: Torre de babel, Confusão de línguas, Curadoria, Observatório, Psicanalistas
Imagem: pintura Pieter Bruegel, “A Torre de Babel” (1563)
Categoria: Editorial
Nota da Curadoria: O Observatório Psicanalítico é um espaço institucional da Federação Brasileira de Psicanálise dedicado à escuta da pluralidade e à livre expressão do pensamento de psicanalistas. Ao submeter textos, os autores declaram a originalidade de sua produção, o respeito à legislação vigente e o compromisso com a ética e a civilidade no debate público e científico. Assim, os ensaios são de responsabilidade exclusiva de seus autores, o que não implica endosso ou concordância por parte do OP e da Febrapsi.
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