
Olá, queridas e queridos ouvintes do Mirante, o podcast do Observatório Psicanalítico
Hoje publicamos o episódio “Casais: Felizes para sempre?”
Podemos perguntar, então: que casal é este que se forma hoje? O que está em jogo na vida a dois quando os papéis de gênero, o tempo, o desejo e o próprio sentido de compromisso se tornaram tão móveis?
Sabemos que o amor é sempre uma experiência de descentramento — amar é se colocar em risco, é deixar-se afetar por algo que escapa ao eu. Mas o que acontece quando a cultura contemporânea nos oferece um amor “sob medida”, negociado, revisável, on demand?
A psicanálise é convocada, mais do que nunca, a escutar o amor para além das formas que o enquadravam. Escutar o amor como sintoma, como laço, como invenção singular diante do desamparo.
Se antes o casamento era destino, hoje ele é escolha. Se antes a fidelidade era dever, hoje é contrato. E, no entanto, algo da dor, do ciúme, da solidão, da busca pelo outro permanece.
O casal de hoje — seja ele qual for — continua tentando o impossível: fazer do encontro com o outro algo habitável.
O que sustenta, então, um laço? O que o desfaz? E o que resta do amor quando caem as promessas do “felizes para sempre”?
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