Os primeiros estudos psicológicos e pedagógicos no século XIX legitimaram uma concepção da infância baseada em ideais de felicidade, fragilidade, inocência e espontaneidade.
Freud inaugurou um novo olhar sobre a vida psíquica das crianças. Essa se faria acompanhar, desde o seu início, da dimensão sexual. Ele propõe uma nova ética, articulando o sexual ao infantil, insistindo na importância dos primeiros anos da infância para a etiologia sexual das neuroses.
O termo sexualidade precisará ser diferenciado da noção de genitalidade. Afirmará também que o psiquismo é bissexual; apresentará conceitos como o complexo de Édipo, o complexo de castração, colocando o órgão pênis como referência na diferença entre os sexos e como objeto de “inveja” nas meninas.
Como podemos pensar a teoria freudiana hoje? O falocrentrismo e seus efeitos estariam presentes ainda hoje na nossa cultura?
Para continuar pensando sobre o sexual na Polis em nossa época, convidamos o historiador Alexandre Coser e a psicanalista Luciane Falcão.