Nome dos autores: Ana Rita Nuti Pontes, Andréa Ciciarelli Pereira Lima, Denise Lopes Rosado Antônio, Josimara Magro Fernandez de Souza, Luiz Celso Toledo, Maria Bernadete Figueiró de Oliveira e Silvana Maria Bonini Vassimon.
Sociedade: Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto (SBPRP)
Edição: Blucher 2023 – 1ª edição
E-mail: [email protected]
Sobre a obra:
Freud escolheu a companhia de Sófocles, Shakespeare e Dostoiévski ao escrever sobre seus pacientes e construir modelos para a prática e a teoria psicanalíticas. Em seus textos nos deparamos com a mente humana imersa em conflitos, autora e atriz de tramas inconscientes únicas e, não obstante, universais. O pai da psicanálise acreditava que as obras clássicas impactaram a civilização não só por sua excepcionalidade, mas por serem nossas velhas(e estranhas) conhecidas, mesmo que não saibamos disso.
O psicanalista contemporâneo refaz esse caminho quando se dispõe a comentar um filme. Os personagens e o roteiro tornam-se fontes de imagens e emoções, evidenciando nossos conflitos e desejos. Um bom cineasta pode trazer à tona o que, até então, era irrepresentável.
Esse livro é uma coletânea de comentários escritos por psicanalistas nos dez primeiros anos do Projeto Cinema e Psicanálise, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto. Assim como os escritores, os cineastas são capazes de contar histórias que falam de personagens e da plateia simultaneamente, mexendo com nossas emoções e fantasias mais íntimas. Algo sutil e, ao mesmo tempo, desconcertante, como a letra de uma velha canção dos Beatles (Nowhere man), que nos incluía inesperadamente. Após nos apresentar ao “homem de lugar nenhum”, Lennon e McCartney nos perguntavam, num tom irônico: “Ele não é um pouco como eu e você”?
Luiz C. Toledo